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Preços mostram leve reação em novembro

ANáLISE DE MERCADO – por PLANETA ARROZ

Preços mostram leve reação em novembro

Clima adverso, bons resultados das exportações e previsão de safra ajustada criar nova expectativa no setor

As perdas assinaladas pelos produtores gaúchos em função de uma série de problemas climáticos enfrentados na última semana, expectativa de replantio de algumas áreas e de um atraso no cultivo dos 25% restantes da área gaúcha, geraram um novo cenário de comercialização no Rio Grande do Sul. Os produtores, mais preocupados com o cultivo, recuaram nas negociações e ajustaram, novamente, a oferta.

Ao mesmo tempo, mais demandadas, as tradings e indústrias, especialmente da região próxima ao Porto de Rio Grande, registraram um aumento importante nas exportações nos últimos meses, e a boa demanda em novembro, também gerada pelo câmbio favorável, elevou a demanda por arroz, elevando levemente as cotações regionais. Soma-se a isso, a expectativa de que o crescimento da safra não será significativo, como se pensou em meados do ano e de que o quadro de oferta e demanda da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica um estoque de passagem um pouco exagerado.

Com todos estes fatores, mais o anúncio de reformas no Porto de Rio Grande e investimentos no terminal da CESA, direcionado às exportações de arroz, o cenário se mostrou mais favorável à comercialização e as cotações evoluíram, em média, 1,85% nos primeiros 19 dias de novembro. A valorização foi maior depois do feriadão, no último final de semana, refletindo o anúncio das exportações e a avaliação dos danos causados pelos temporais no Sul. Apesar de significativos em algumas lavouras, a ponto de ser realizado o replantio, os danos foram pontuais e não devem afetar ao conjunto da safra com maior impacto.

No entanto, as exportações estão fazendo a diferença. Já somando 739 mil toneladas, gerando uma expectativa de alcançar 1,1 milhão de toneladas num ano em que se cogitava um ótimo resultado na venda externa de 600 mil toneladas, em outubro o Brasil se tornou superavitário em 20 mil/t nos oito primeiros meses do ano comercial 2013/14. Uma demanda mais significativa de arroz parboilizado, quebrados e casca, aqueceu o mercado de Rio Grande, puxando ligeira alta.

Assim sendo, o indicador de preços do arroz em casca ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa desta terça-feira, 19/11, fechou em R$ 34,18, com valorização de 1,85% no mês e equivalendo a 15,02 dólares pela cotação do dia. Esta valorização cambial vem gerando mais vendas, especialmente de arroz quebrado e parboilizado para a América do Sul e a África. Em contrapartida, reduz os ingressos de arroz do Mercosul no Brasil.

A preocupação do setor neste momento fica, basicamente, voltada para nova intervenção do governo federal, uma vez que foi estabelecido um gatilho pela Conab: se o preço do arroz em casca (50kg) chegar a R$ 33,28 pelos parâmetros da Conab ou R$ 34,50, pelos do Cepea, voltam a ser realizados leilões de oferta de arroz. Ou seja, o avanço dos preços poderá chegar ao teto que deflagra a oferta pública pela Conab.

No momento, a intervenção do governo é o maior risco para uma recuperação mais acentuada nos preços internos.

MERCADO

A Corretora Mercado, de Porto Alegre (RS), indica preços médios de R$ 33,80 para a saca de arroz de 50 quilos (58×10) no estado, enquanto o produto beneficiado, em sacas de 60 quilos, é comercializado (sem ICMS) na faixa de R$ 66,50. Entre os quebrados, o canjicão está valorizado em R$ 38,50 (60kg), a quirera em R$ 34,00 (60kg) e o farelo de arroz é cotado em estáveis R$ 380,00 a tonelada (Fob/Arroio do Meio-RS).

 

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