Na esteira da temática sobre novos mercados e políticas públicas para o futuro da lavoura, a primeira noite da Semana Arrozeira de Alegrete reservou para os participantes a abordagem sobre as exportações de arroz e previsões do clima. Foram palestrantes o presidente da Federarroz, Alexandre Velho e o professor e pesquisador Luis Carlos Molion. Na primeira palestra, o dirigente da Federarroz focou nos mercados importadores e como o produtor pode se posicionar nesse sentido.
Atuou como moderador o agrônomo Lucas Osório Di Napoli. Alexandre Velho, num primeiro momento, abordou sobre a gestão na empresa rural trazendo o exemplo da empresa de sua família, a Parceria Cavalhada que cultiva uma área de 5 mil hectares entre as culturas de arroz e soja.
Com relação ao tema exportações, o palestrante defendeu que Alegrete que entrou pela primeira vez no mercado de exportações, deve continuar com essa cultura exportadora para fazer a diferença. O mercado existe e o Brasil precisa manter essa cultura de exportação para ter crescimento econômico..
Comentou o presidente da Federarroz sobre uma reunião com o vice governador há duas semanas ,de todo o setor arrozeiro buscando uma solução para a questão tributária do Estado, a fim e resolver essa anomalia do imposto para a venda interestadual de arroz que está penalizando o Estado .
Alexandre Velho, ao focar nas Perspectivas para a próxima safra, apontou a diversificação como o caminho para enfrentar o alto custo de produção. Alertou os produtores, no entanto, com relação a safra 2023/2024 sobre o aumento de áreas, mas que é preciso atualizar os custos de produção. Informou sobre a abertura da 34ª.
Colheita de Arroz, que será de 21 a 23 de fevereiro, na Embrapa, com o tema “Gestão Potencializando Safras”, para aumentar as safras, multisafras, algo que veio para ficar, enfatizou.
Finalizou comentando uma palestra de Roberto Rodrigues, em que ele citou que “a cidade depende do campo e o campo depende da cidade”. Isso nos fez pensar muito porque na verdade o que ele quis dizer é que nós dependemos um do outro ou seja, um depende do outro, Alexandre Velho comentou declarações de um deputado que disse essa ‘bobagem’ de que o agro não produz arroz. Precisamos mostrar o quanto é importante este setor em que o Rio Grande do Sul produz 70 por cento do arroz brasileiro, portando, nós garantimos a segurança alimentar brasileira, destacou.Será que isso não vale nada? Embora a pandemia, não faltou arroz no supermercado,observou.
Ao final, reforçou que é preciso intensificar os pleitos com o governo estadual e federal e que os principais problemas da lavoura de arroz não estão a nível federal e sim estadual, como esta questão tributária , mais a questão do bioma pampa, as dispensas, as barragens que não autorizam a fazer, impedir que não reservemos água,isso não tem cabimento, completou.