De um lado, uma colheita da cana-de-açúcar atrasada no Paraná. De outro, uma boa expectativa para o desenvolvimento das lavouras para a safra 2016/17. Estes são dois cenários que o clima instável e chuvoso provocado pelo El Niño traz para o setor sucroenergético do Estado, que caminha para o final dos trabalhos de moagem e já foca na próxima safra, com início programado entre março e abril.
O novembro mais chuvoso dos últimos 34 anos, de fato, atrapalhou o andamento do final da safra 2015/16 de cana, que perdeu 20 dias de trabalho sem que as máquinas pudessem entrar em campo. Até o final do mês passado, 36,8 milhões de toneladas foram esmagadas pelas usinas do Estado, quando no mesmo período do ano anterior o valor foi de 40,6 milhões de toneladas, queda de 9,3%. Durante o mês, a retração foi de 66,2%. A área plantada é de 650 mil hectares.
A produção de açúcar até o momento é de 2,57 milhões de toneladas, contra 2,78 milhões de toneladas da safra anterior, 7,4% menor. Já a de álcool anidro saltou de 499,4 milhões de litros para 521,6 milhões de litros, um aumento de 4,4%. O total previsto é de atingir a marca de 575,9 milhões de litros. Quando somados o álcool anidro e hidratado, a produção até o momento é de 1,36 bilhão, queda de 9,3%. Os números são da Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar). “O Estado tem destinado maior parte da matéria prima para a produção de etanol, principalmente anidro, visando atender a demanda do mercado interno, com o aumento na adição na gasolina para 27%”, comentou via assessoria de imprensa o presidente da entidade, Miguel Tranin.
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