Para a região Sul, o fenômeno traz aumento das precipitações e
O fenômeno climático El Niño pode causar novos problemas para as safras de inverno do Brasil, já prejudicadas pela seca, mas iria criar o clima perfeito para as próximas colheitas de soja e milho. Os modelos climáticos mostram que as temperaturas da superfície do Oceano Pacífico estão subindo, e é cada vez maior a probabilidade de isso resultar nos próximos meses no fenômeno El Niño, que ocorreria pela primeira vez desde 2009.
No passado, o fenômeno trouxe chuva forte em partes da Argentina e regiões ao sul do Brasil, afetadas pelo clima quente e seco no início deste ano. Seria por volta de junho o início do El Niño, ou pelo menos temperaturas maiores do que a média em todo o Pacífico equatorial, segundo Franco Villela, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet). Embora a formação do El Niño não seja uma certeza, o mercado já está atento ao seu potencial impacto sobre o Brasil – o maior exportador mundial de açúcar, café e soja.
Inicialmente era uma possibilidade, mas agora alguns meteorologistas já estão afirmando que há uma chance de 75% de que o El Niño possa retornar. Para a área do Centro-Sul do Brasil, principal produtora de cana, o clima úmido no final da estação de moagem reduziria o teor de açúcar na cana. A chuva do El Niño seria um risco significativo para a colheita da cana. Para a cana, o café e a citricultura, é o pior cenário possível, segundo o agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, da Somar Meteorologia, acrescentando que a qualidade, bem como os trabalhos de colheita seriam afetados. Ainda assim, chuvas ininterruptas provocadas pelo El Niño em junho ou julho não seriam de todo ruins para a agricultura no Brasil, e são realmente o ideal para a soja e o milho.
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