Brasil analisará a influência da nova lei em médio e longo prazos
A nova lei agrícola norte-americana impõe dois grandes problemas ao governo brasileiro, um imediato, outro de médio ou longo prazo. O primeiro é relacionado ao contencioso do algodão, uma disputa legal decidida em julgamento na Organização Mundial do Comércio (OMC). O segundo entrará em pauta quando for retomada para valer a Rodada Doha de negociações comerciais, praticamente ressuscitada em dezembro na conferência ministerial de Bali, na Indonésia. Em resposta à questão imediata, há alguns dias o ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, prometeu examinar detalhadamente a nova legislação, para decidir se vale a pena adotar uma retaliação comercial como sequência do caso do algodão. É preciso saber como o texto recém-aprovado afetará os produtores no Brasil, fortemente prejudicados, no regime anterior, pelos subsídios aos produtores e exportadores americanos. A OMC condenou há alguns anos a política seguida nos Estados Unidos. Como as autoridades norte-americanas mantiveram o sistema, o governo brasileiro foi autorizado em 2009 a aplicar retaliações no valor de US$ 830 milhões.
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