Uma grande assembleia interestadual, ocorrida na quarta-feira (31) em Restinga Seca, levou mais de 2.000 produtores dos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a aprovarem uma pauta com demandas a serem encaminhadas aos dirigentes do setor produtivo gaúcho e catarinense.
A Comissão organizadora do Movimento Te Mexe Arrozeiro quer, em conjunto com as entidades Farsul e Federarroz, uma articulação política que os levem até uma audiência com o presidente da República, Michel Temer para colocar a grave situação em que se em encontram os produtores de arroz nesses Estados.
Após definirem uma pauta com cinco itens e vários subitens, os produtores chegaram à conclusão que somente uma reunião com o presidente fará com que os pleitos do setor saiam do papel.
A Carta de Restinga Seca traz as seguintes demandas para o Governo Federal:
- Estabelecimento de mecanismos de PEP, PEPRO para escoar 1,2 milhões de toneladas excedentes do atual estoque;
- Doações humanitárias para populações em situação de vulnerabilidade;
- A reestruturação do passivo dos produtores por 25 anos, incluindo os que hoje estão fora do crédito oficial para que tenham condições de pagamento, voltem a ter crédito oficial e se tornem independentes das políticas agressivas de financiamento da indústria.
- A imediata suspensão das importações de arroz Paraguaio e demais países do Mercosul até que se tenha reciprocidade e um controle brasileiro que garanta o cumprimento por estes países, das mesmas exigências legais existentes em nosso País: ambientais, trabalhistas, fitossanitárias e tributárias;
- Adiamento automático dos pagamentos vencidos e a vencer: Custeio, investimento, prorrogações e verbas de comercialização, nos bancos públicos, privados e de fábrica, via voto do conselho monetário nacional, até que se tenha um valor de comercialização que cubra o real custo da lavoura arrozeira para que os produtores tenham capacidade de adimplir com seus compromissos.