O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, falou para o Minuto da Prosa sobre as boas perspectivas para o setor arrozeiro com o primeiro embarque de arroz para o México.
Onze contêineres de arroz beneficiado estão no Porto de Rio Grande aguardando embarque para o México. A notícia do primeiro negócio realizado pelos brasileiros está sendo comemorada pelo setor arrozeiro, que luta pelo há pelo menos três anos, ao lado do Irga, para abrir essa nova frente de comércio.
As conversas para a abertura do mercado mexicano ocorrem desde 2015. Na ocasião, A Federarroz, representada pelo então presidente Henrique Dornelles, esteve participando de evento com representantes das Américas em Cancún, onde foram dados os primeiros passos para a negociação, pois na época já havia forte demanda pelo produto brasileiro. Já em 2017, em visita à Expodireto Cotrijal, Alexandre Velho, então vice-presidente da entidade, reforçou as negociações juntamente com o então embaixador mexicano, Eleazar Velasco Navarro.
Após grande hiato nas conversas, as exportações para os mexicanos somente voltaram à pauta em maio deste ano, quando a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, após reunião no Japão, com o secretário da Agricultura e Desenvolvimento Rural do México, Victor Arámbula, anunciou futura vendas a eles em troca de compra de feijão mexicano.
Para o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, a expectativa é que este embarque seja apenas o primeiro e que em breve também haja a exportação do arroz em casca do Rio Grande do Sul, que produz cerca de 70% do cereal no país, para o território mexicano. “Esta é uma confirmação que faz muito tempo que vem sendo trabalhada com as entidades e com o apoio do Ministério da Agricultura no sentido de viabilizar esta exportação”, observa.
Em 2015, segundo dados do Comité Nacional Sistema Producto Arroz del Mexico, os mexicanos colheram 158,35 mil toneladas de arroz, queda de 80,4% em 30 anos. Em 1985, a produção do país era de 807 mil toneladas. Enquanto isso, no mesmo período, o consumo cresceu de 850 mil para 1,1 milhão de toneladas.
Fonte: Federarroz e Conexão Rural (Alex Soares e Nestor Tipa Júnior/AgroEffective), adaptado pela equipe da Associação de Arrozeiros de Alegrete