Preço do arroz em casca atinge maior nível do ano
Os preços do arroz em casca ganharam fôlego, com a revalorização do dólar e a forte alta das exportações registradas no mês de outubro e que se repetiram em novembro, com diversos navios nomeados no Porto de Rio Grande (RS) para embarques nas últimas semanas
Em uma rápida escalada, os preços do arroz em casca no Rio Grande do Sul fecharam novembro e abrem o mês de dezembro com média que supera os R$ 35,50 por saco de 50 Kg FOB produtor, mas com negócios efetivados a até R$ 37,50 por saco de 50 Kg em algumas regiões produtoras do Estado. Esse é o maior valor registrado no ano-safra 2012/2013, que começou em 1º de março de 2013 e encerra em 28 de fevereiro de 2014.
Os preços do arroz em casca ganharam fôlego, com a revalorização do dólar e a forte alta das exportações registradas no mês de outubro e que se repetiram em novembro, com diversos navios nomeados no Porto de Rio Grande (RS) para embarques nas últimas semanas. Também contribui para a sustentação dos preços, de certa forma, o excesso de chuvas que gera replantios e que pode reduzir o potencial de produtividade da safra 2013/2014 no Rio Grande do Sul.
No Rio Grande do Sul, os preços do arroz em casca ao produtor acumulam uma alta de 3,5% em uma semana e de 6,4% em 30 dias, mas ainda estão nominalmente 6,9% abaixo do registrado na mesma época do ano passado. A média atual é de R$ 35,68 por saco de 50 Kg FOB, para um produto com 58% de grãos inteiros, contra R$ 34,47 por saco de 50 Kg na semana anterior. Em uma semana, em média, o preço subiu entre R$ 1,50 a até R$ 2,50 por saco de 50 Kg, em algumas regiões do Estado do Rio Grande do Sul, principalmente nas mais próximas do Porto de Rio Grande (RS).
Os produtores ficam mais retraídos, aguardando novas valorizações de preços. Entretanto, cabe destacar que, considerando a posição definida neste ano pelo governo federal, os preços atuais praticados no mercado devem levar ao anúncio de novos leilões dos estoques de arroz em casca da Conab. Os produtores de arroz já reivindicaram ao governo federal o reajuste do Preço de Liberação de Estoques (PLE), que é o referencial usado para liberar os estoques públicos em leilões.