Com exceção do Amapá, todos os governos estaduais aumentaram suas receitas nos últimos quatro anos. Apenas um deles obteve crescimento abaixo de 10% (Espírito Santo) e cinco registraram avanços de 10 a 20%: Santa Catarina, Sergipe, São Paulo, Bahia e Minas Gerais. O restante ultrapassou o patamar de 20%, isso em termos reais, já compensados os efeitos da inflação.
Entre esses cinco Estados, apenas São Paulo e Bahia mostraram uma evolução positiva nos investimentos públicos de 3% e 5%, respectivamente. Nos outros três, apesar do aumento de arrecadação, o comportamento dos investimentos foi negativo: -33% em Sergipe, -27% em Santa Catarina e -20% em Minas Gerais. Esses dois últimos com uma presença marcante da cadeia agroindustrial.
Se olharmos outros Estados fortes no agronegócio, a situação se divide. Goiás e Tocantins, por exemplo, apresentaram queda nos investimentos (-13% e -57%), embora sua receita tenha se elevado em 27% e 21%, respectivamente. O Maranhão – nova fronteira agrícola e área estratégica para o escoamento da produção via Atlântico Norte – também aumentou em 23% a receita e recuou 41% nos investimentos.
Do outro lado, temos aqueles Estados importantes para o agronegócio, onde o perfil de aumento da arrecadação e do investimento público foi bem positivo, como: Mato Grosso (17% e 66%), Paraná (28% e 62%), Rio Grande do Sul (19% e 58%) e Mato Grosso do Sul (15% e 32%). Todos com uma evolução do investimento em índices bem superiores ao da elevação de arrecadação.