As políticas públicas no setor de energia estão norteadas para o curto prazo e, até o momento, não houve uma discussão para a adoção de estratégias voltadas ao longo prazo. Essa foi uma das conclusões do painel “Alimento e Energia”, do 14º Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, nesta segunda-feira (3/8), em São Paulo.
“Seja na área de etanol ou no segmento de petróleo e gás, o período de cinco anos é o amanhã. Assim, se queremos de fato ter uma política saudável no setor energético, precisamos discutir os próximos vinte anos”, disse Luís Roberto Pogetti, presidente do Conselho Deliberativo da UNICA. “Podemos discutir uma transição, que pode durar cinco anos, e depois falamos dos objetivos para os próximos anos e qual o papel de cada um dos segmentos envolvidos”, acrescentou.
A falta de planejamento de longo prazo também implica em outros problemas, segundo Adriano Pires, diretor fundador do CBIE – Centro Brasileiro de Infraestrutura, como a inibição do empreendedorismo e dos investimentos em inovação tecnológica. “Dois são pontos são essenciais para garantir a inovação: estabilidade regulatória e segurança jurídica”, afirmou.
Além dessa questão, Pires ainda ressalta a importância de se discutir uma política pública descentralizada para o setor, ou seja, olhar para projetos de pequeno e médio portes e não apenas de grandes obras. “O Brasil tem uma situação privilegiada porque temos recursos naturais que possibilitam ter uma diversidade energética muito grande”, explicou. O Brasil tem a possibilidade de gerar energia solar, elétrica, eólica, de biomassa, de carvão vegetal, entre outras.
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