Nesta semana a Associação dos Arrozeiros iniciou o novo grupo gestor do programa Paga Pedra. A reunião de adesão serviu para explicar o desempenho do programa na safra passada e recolher sugestões.
O encontro coordenado pelo Presidente Gustavo Thompson Flores e pelos gestores do grupo, Osivan Pilleco e Valter Fantinel, ressaltou a importância da participação, principalmente nestes tempos de oscilações climáticas severas.
O Paga Pedra é um grupo de mútua ajuda, em que associados da AAA, fazem a adesão cooperativada com sacas de arroz.
Caso uma lavoura seja atingida por tempestade de granizo, este montante é rateado. No ano passado às indenizações ultrapassaram o valor de R$1 milhão.
“Dá pra dizer que o Paga Pedra é um telhado contra os granizos”, diz Osivan. O programa nos últimos anos cobriu cerca de 25 mil hectares em média, só dos associados.
A adesão é importante porque assim a Associação pode pagar os tecnicos que se deslocam com rapidez para avaliar às áreas atingidas e fazer o levantamento das perdas.
“Na verdade, o bom é nunca precisar receber à indenização”, observa o Presidente Gustavo Thompson Flores, ” sempre é melhor pagar do que ter a lavoura atingida”, reforça.
Este modelo nasceu nos anos de 1990 no Uruguai. Entrou no RS através de Uruguaiana e em Alegrete a CAAL foi à pioneira. A Associação dos Arrozeiros de Alegrete foi aprender e adaptou dentro da sua realidade.
Gilberto Pilleco conta que teve uma experiência emocional que abalou muito. “Eu perdi a cobertua de um galpão e boa parte de uma lavoura. Cada vez que o tempo armava, eu já ficava quase em pânico. Quando eu fui presidente o grupo me ajudou a criar o programa”, lembra.
Uma das características do Paga-Pedra é que além dos tecnicos geralmente um associado vai junto à equipe de vistoria, para manter a transparência das informações. ” O programa funciona porque é feito por produtores para os produtores”, assegura.
No relatório apresentado na criação do novo grupo, foram apresentados números robustos com relação à última safra. Foram atingidas 12 lavouras em cinco eventos de granizo, e segundo o levantamento, nos 16 anos de implementação só em três não houve sinistros em lavouras dos associados participantes do programa.
“O mais importante é que o associado aderiu à entidade e estão c9nectados, com troca de valores”, observa Gilberto.
Foto: Rádio Tchê Alegrete