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Apresentada proposta de recuperação de estradas rurais 

Por: Nestor Tipa Júnior

Debate sobre vias da Fronteira Oeste contou com a participação de secretários estaduais

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A situação das estradas rurais da Fronteira Oeste foi tema de debate da noite da quarta-feira, dia 10 de junho, na oitava edição da Semana Arrozeira, que ocorre no CTG Farroupilha, em Alegrete (RS). Na ocasião, a Associação dos Arrozeiros de Alegrete, organizadora do evento, apresentou um projeto para recuperar as estradas vicinais da região.

Coube a diretora técnica da associação, Maria de Fátima Marchezan, trazer ao público a proposta. A constatação é de que os municípios da Fronteira Oeste é que cada um possui grandes extensões territoriais ligadas por uma malha viária capilar e com manutenção precária. Com isso, o objetivo é recuperar estradas da região a fim de melhorar a logística para o escoamento da produção agropecuária nos municípios. “Temos por objetivo a recuperação das estradas da Fronteira Oeste. O Estado tem este problema e o Brasil tem, mas alguém precisa fazer alguma coisa”, afirmou Fátima.

As ações propostas são a de utilização de materiais como cascalho, argila e saibro retirados das barragens e açudes das propriedades para fazer as obras de terraplanagem, além da drenagem das vias e recuperação e construção de de pontes nas principais vias de escoamento dos municípios da Fronteira Oeste. Hoje, especialmente em dias de chuva, há acúmulo de água nas estradas e isso faz com que a terra que está nas pistas seja levada para rios e córregos, assoreando as fontes hídricas e prejudicando o meio ambiente.

Entre os resultados esperados estão a redução dos custos de transporte de insumos, grãos, animais e pessoas, maior e melhor trafegabilidade de pessoas e veículos entre o campo e a cidade e o fomento ao turismo rural. Na ocasião, também foi apresentado um estudo geotécnico e de impacto ambiental de jazidas, visando a utilização de materiais alternativos nas. O coordenador do curso de Engenharia Agrícola da Unipampa, Roberlaine Ribeiro Jorge, informou que um trabalho a campo foi realizado para fazer a análise do material. “Todos os espelhos seriam jazidas em potencial. Se 50% destes materiais forem viáveis, teria economia de transporte destes materiais e poderíamos minimizar impactos ambientais”, observa.

Presentes no debate, os secretários Pedro Westphalen, dos transportes, e Ana Pellini, do Meio Ambiente, acompanharam atentos às reivindicações. A secretária elogiou a iniciativa de a própria comunidade buscar soluções para os problemas da região. Além disso, disse que houve um amadurecimento na questão de se pensar nos impactos ao meio ambiente. Ana aprovou a iniciativa e deixou a Secretaria do Meio Ambiente à disposição. “Não temos dinheiro, mas o nosso conhecimento técnico está à disposição para ajudar”, salienta.

Já Westphalen destacou o protagonismo de um segmento, neste caso o dos produtores de arroz, em resolver os problemas da comunidade. Ressaltou o governo do Estado deve apresentar um plano estadual de logística de transportes que também engloba alternativas como hidrovias e ferrovias para escoar a produção agropecuária. Disse ainda que é preciso que haja uma união entre Estado e sociedade para trazer soluções para o transporte. “Precisamos de ações conjuntas para reduzir o custo logístico, que é maior em todos os estados em 19%”, reforça.

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