A série de anos de calor extremo com quebra de recordes a partir de 2000 quase certamente é sinal de um aquecimento causado pelo ser humano, e diminuem as chances de que tenha sido resultante de mudanças aleatórias e naturais, revelou um estudo nesta segunda-feira.
O ano passado foi o mais quente desde que os registros começaram a ser feitos, no século 19, e mostra uma tendência que quase todos os cientistas atribuem aos gases de efeito estufa oriundos da queima de combustíveis fósseis, provocando ondas de calor, secas, chuvas intensas e aumento do nível dos mares.
“É extremamente improvável que a sequência de temperaturas recordes observadas recentemente tenha ocorrido na ausência do aquecimento global causado pelo homem”, escreveu uma equipe de especialistas liderada pelos Estados Unidos no periódico Scientific Reports.
Elaborado antes de os dados sobre as temperaturas de 2015 serem divulgados, o documento estimou que a probabilidade de ocorrência da sequência recorde –que teve até 13 dos 15 anos mais quentes entre 2000 e 2014– seria de entre uma em 770 e uma em 10 mil se a série fosse aleatória e sem influência humana.
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