Produtores recalculam prejuízo nas lavouras de trigo. Situação também preocupa arrozeiros
A cada novo dia de chuva, produtores gaúchos recalculam as perdas nas lavouras de trigo — atingidas em cheio pelo excesso de umidade. A situação que já preocupava devido a uma forte geada em setembro é agravada agora com precipitações às vésperas da colheita.
— A combinação de umidade e temperaturas altas facilita o surgimento de doenças, que nessas alturas o produtor não consegue mais atacar — lamenta Claudio Dóro, gerente regional adjunto da Emater de Passo Fundo.
E não é somente o volume a ser colhido que deverá ser reduzido, mas a qualidade do grão. Se não tiver qualidade mínima, o trigo não é aproveitado para moagem, podendo ser destinado apenas para ração animal. Dessa forma, o preço cai quase pela metade.
— As perdas são irreversíveis. Há produtores que não irão nem colher, irão apenas limpar a área para plantar a soja — completa Dóro.
O excesso de chuva preocupa também os arrozeiros, que já semearam 20% da área prevista para a próxima safra e aguardam as águas baixarem para continuar o plantio. Nas áreas de várzea, as lavouras estão debaixo d’água.
— É preciso uns 10 dias de tempo seco para conseguir entrar na lavoura novamente. Provavelmente a safra será prejudicada, embora ainda seja cedo para quantificar — indica Henrique Dornelles, presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do Estado (Federarroz-RS).
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/campo-e-lavoura/noticia/2015/10/chuva-em-excesso-traz-perdas-para-o-campo-no-rs-4867296.html