Em um ano, o preço da saca de arroz subiu cerca de 15% no Estado, alta que não acompanhou o aumento das despesas na lavoura
A chegada de nuvens escuras e carregadas no horizonte causou preocupação aos arrozeiros gaúchos neste ano. Com o excesso de chuva no campo, tiveram uma perda de 3,6% na área plantada no Estado. A turbulência mais forte, no entanto, não ocorreu nos céus da Campanha, Depressão Central ou da Fronteira Oeste, mas em um terreno bem mais sensível, o bolso do produtor. Foi o aumento elevado no custo de produção que tirou o sono do agricultor.
O avanço no preço da saca foi muito tímido frente à alta nas despesas, que chegaram com intensidade e em várias frentes: combustíveis, energia elétrica, insumos e mão de obra.
Em Alegrete, os irmãos e sócios Luís Cadore, 53 anos, e Paulo Cadore, 46 anos, deram início à colheita há duas semanas e estão contentes com o resultado. Apesar da chuva que atingiu a cidade em outubro e dezembro, não vista com tanta força pelos produtores desde 1997, a produtividade na lavoura não foi tão prejudicada quanto o esperado. Nos primeiros dias com as máquinas no campo, estava sendo possível colher cerca de 8 mil quilos por hectare, 500 a mais do que o projetado logo após as enchentes.
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