A Associação dos Arrozeiros de Alegrete, em parceria com a Agência de Inovação Tecnológica da UFSM, realizou na sexta-feira (22) o II Simpósio sobre Processos Sustentáveis em Biorrefinaria Arrozeira.
A cadeia produtiva do arroz, um dos principais produtos agrícolas produzidos na região Sul do Brasil, foi tema de evento promovido pela Agência de Inovação Tecnológica (Agittec), da Universidade Federal de Santa Maria. A palestra foi coordenada pela professora Leila Picolli da Silva e reuniu representantes do setor arrozeiro, produtores, empresários, lideranças e estudantes.
No simpósio, foram apresentados os resultados de pesquisa, demonstrando as possibilidades de uso dos resíduos que hoje são descartados em diversos ramos do setor produtivo. O projeto ressalta a importância da viabilização dos estudos para impulsionar a competitividade e fortalecer a cadeia produtiva arrozeira. Foram tratados temas como processos para obtenção de novos produtos, como rações para uso animal, produção de energia, novos polímeros e bioplásticos, além de fármacos e cosméticos.
De acordo com o Laboratório de Pesquisa em Tratamento de Efluentes e Resíduos, a cadeia do arroz apresenta entraves para atingir sustentabilidade, principalmente por se basear na exploração econômica de um único produto (grão beneficiado), dando pouca importância ou até mesmo desconsiderando a possibilidade de exploração mais efetiva de seus coprodutos e resíduos (farelo, quirera e casca) levando à considerável desperdício produtivo, uma vez que o material desvalorizado ou descartado porta consigo nutrientes e compostos bioativos com potencial de aplicação tecnológica, além de gerar grandes passivos ambientais. Este cenário pode ser profundamente alterado com o uso de processos racionais e sustentáveis, seguindo as técnicas de conversão avançada que regem os princípios de biorrefinaria.
